Lorrane foi morta com dois tiros
(Foto: Reprodução)
A
ausência do nome social nos registros de homicídios da Secretaria de
Estado de Segurança Pública (SSP) deu pouca visibilidade ao assassinato
da travesti Lorrane, no dia 26 de fevereiro. Era tarde de Domingo, em
pleno Carnaval, por volta das 16h21, quando Lorrane foi assassinada com
um tiro na cabeça e outro nas nádegas, em um dos principais pontos
turísticos do Centro de São Luís, a Praça Pedro II, que, na ocasião,
estava vazia. Nos registros daquele dia, consta a morte de Gleydson
Elias Lindoso Sousa, nome com o qual Lorrane foi registrada em seu
nascimento.
A morte de Lorrane pode ser mais uma a entrar nas
estatísticas dos crimes contra a população LGBT. Segundo o delegado Wang
Chao, da Delegacia de Homicídios, a polícia trabalha com três linhas de
investigação, e uma delas é a de crime de gênero. "Recebemos o caso na
sexta-feira, e hoje a polícia está realizando diligências para encontrar
uma amiga da Lorrane, que pode ser uma testemunha importante para a
elucidação do caso. Pode ter sido um crime de gênero, até porque ela
levou um tiro na cabeça e outro nas nádegas", destaca o delegado.
Outra
linha de investigação, segundo o delegado, relaciona o crime ao fato de
Lorrane ter se envolvido com um homem casado. "Ela estaria envolvida
com um morador daquela área e teria ameaçado contar para a esposa dele.
Pode ter sido morta por causa disso também", informa. A última motivação
para o crime seria execução, pois Lorrane tinha passagens pela polícia
por tráfico de drogas - na região de São José de Ribamar - e roubos na
área do São Francisco. "Acho difícil, nesse caso, que tenha sido
execução por tráfico de drogas", afirma o delegado Wang Chao. Sobre a
ausência do nome social da vítima nos registros de morte da SSP, o
delegado diz que houve um erro que será corrigido.
O delegado
disse ainda que as imagens do videomonitoramento serão analisadas.
"Tinha uma moto branca parada, que depois saiu em disparada. Pode ter
relação com o crime", explica.
Por meio de sua rede social, o
advogado Thiago Viana, supervisor na Secretaria de Estado de Direitos
Humanos e Participação Popular (Sedihpop), disse que a Secretaria está
acompanhando o caso.
LORRANE / TIROS / MA, SÃO LUÍS
Lorrane foi assassinada com um tiro na
cabeça e outro nas nádegas, em um dos principais pontos turísticos do
Centro de São Luís. O delegado disse ainda que as imagens do vídeo
monitoramento serão analisadas. “Tinha uma moto branca parada, que
depois saiu em disparada. Pode ter relação com o crime”, explica.
Disponível em: http://imirante.com/mobile/oestadoma/noticias/2017/03/06/morte-de-travesti-no-domingo-de-carnaval-no-centro-pode-ter-sido-crime-de-transfobia.shtml + https://homofobiamata.wordpress.com/page/3/
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